quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Musicais revivem famosas canções e ganham espaço na telona

Um gênero pouco difundido em nosso país vem ganhando espectadores e espaço nas telonas. É o caso de filmes como Across The Universe. Revolucionário, musical e recheado de rock do fim da década de 1960, remete o público a tempos de turbulência nos Estados Unidos. Poesia visual de forma surreal em que diferenças ideológicas e amorosas são costuradas por canções dos Beatles.

O recente Mamma Mia!, estrelado por Meryl Streep, sobrepõe às famosas músicas do grupo ABBA á uma comédia romântica que envolve um casamento. Ayaça Cruga, estudante de Cinema na Universidade, diz que os musicais têm ganhado força nos últimos anos. “Antigamente, era algo apreciado apenas pelas elites, agora, o gênero vem se difundido entre todas as classes, principalmente entre os mais jovens”.

Klaus Schlickmann, também estudante de cinema, acredita que musicais fazem sucesso desde tempos atrás. “A Noviça Rebelde, Gigi, Cantando na Chuva, Minha Bela Dama, Amor, Sublime Amor, Mary Poppins, entre outros, são exemplos de clássicos blockbusters”. Schlickmann conta que musicais estão impregnados na sociedade desde a Grécia Antiga. O drama de palco, o teatro e a Broadway, impulsionaram e ainda impulsionam o cinema.

Os musicais passaram por algumas fases na telona. A Era de Ouro, pós Segunda Guerra, marcou o cinema com românticas e utópicas produções. Annie – a Pequena Órfã, O Rei e Eu, datam dessa época. Várias adaptações da Broadway também foram gravadas, tais como Chicago e O Fantasma da Ópera. Chamados de Off-Broadway, A Pequena Loja dos Horrores, Hair e Jesus Cristo Superstar abordar temáticas incomuns com pitadas de humor negro.

“O segmento atual data da década de 1930. A moda agora é recriar os musicais conhecidos como ingénue” (do francês ingênuo), conta Ayaça. Moulin Rouge, Dançando no Escuro; protagonizado pela cantora islandesa Björk, Rent – Os Boêmios e, Todos Dizem Eu Te Amo de Woody Allen representam cenário atual. Ao encontro de Ayaça, Schlickmann lembra a disseminação no público mais novo. “Se pegarmos a trilogia High School Musical e Camp Rock; da banda The Jonas Brothers, percebemos como a industrial é inteligente”.

Schlickmann conta ainda que o Brasil se esforça para divulgar o gênero entre os brasileiros. “Maré, Nossa História de Amor e, Tango, Uma Paixão, são tentativas de entrar na rota de produção de musicais”. Hollywood continua sendo uma superpotência no gênero, mas é errado cair no achismo de que são os únicos. É fato que são os melhores produzidos e mais divulgados, mas não esqueçamos de Bollywood (indústria cinematográfica indiana); que em questão de números de lançamentos é uma grande concorrente”, conclui.

Confira trailers de musicais que marcaram a história do cinema!

O Mágico de Oz, de 1939


A Noviça Rebelde, de 1965


Cantando na Chuva, de 1952


Amor, Sublime Amor, de 1961


Mary Poppins, de 1964

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